Livro: Imunologia Veterinária, Ian R. Tizard, 9ª edição


Uma Breve História da Imunologia Veterinária

A conscientização sobre a importância da defesa do organismo contra a invasão
microbiana não pôde se desenvolver até que a comunidade médica aceitasse o conceito
de doenças infecciosas. Quando infecções como a varíola e a peste se espalharam pela
sociedade antiga, embora muitos tenham morrido, várias pessoas se recuperaram. Em
algumas raras ocasiões, percebeu-se que os indivíduos curados não adoeciam em outras
epidemias – um sinal de que haviam desenvolvido imunidade. Por volta do século XII, os
chineses observaram que aqueles indivíduos que resistiram à varíola se tornaram
resistentes a posteriores exposições ao vírus. Sendo pragmáticos, os chineses passaram a
deliberadamente infectar crianças com o vírus da varíola, inserindo crostas das feridas de
indivíduos infectados em pequenos cortes feitos na pele dessas crianças crianças.
Aquelas que sobreviveram à doença ficaram protegidas pelo resto da vida. Em uma época
em que a mortalidade infantil era elevada, os riscos inerentes a essa prática foram
aceitos. Com a evolução desta técnica, descobriu-se que a utilização de materiais (crostas
de feridas) provenientes de infecções mais brandas minimizava os riscos. Assim, a
mortalidade em função da inoculação do vírus da varíola (“variolação”) caiu para cerca de
1%, enquanto a observada nos casos clínicos era de 20%. O conhecimento sobre a
“variolação” difundiu-se pela Europa no início do século XVIII e esta técnica passou a ser
amplamente utilizada.

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